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Valsa Torta

by Orquestra Fina

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    Versão física do álbum 'Valsa Torta' em formato digipack com uma bela capa e booklet de doze páginas ilustradas pela Sara Azad e arranjadas graficamente pela Mínima - Música & Arte.

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1.
Marte 03:18
MARTE já se vê Marte na tv eu por aqui vivo na lua na Terra faz-se guerra e a chuva e para durar queria estar em Vénus e ficar sem ar aprovo o embargo à tua ausência sou mais humano neste quarto insisto que o que tenho iria resolver o ódio deste mundo se esta fosse coisa de vender e se dizes que te dói o coração eu respondo que se há órgão que não dói é esse aí que no teu peito é tão grande e brilha pudera eu multiplicar-te ao infinito com as tuas cores pintar o chão do universo para que tudo nesta vida saia do teu ventre que me aquece nesta guerra que é tão fria
2.
Lábios roxos Já nem sei se vou curar Já nem sei se deva ter pudor Eu bebo de mais! Dizem que o melhor para a dor, Não são águas frescas de manhã. Nem um guronsan! Cerveja morna, para não “gregar”. Vi em Baco a redenção, Consumi e conspirei no amor, por ti! Aqui num canto encanto o pó. Estou torto e não te encontro só. Champagne sem mais nada, já não sinto o absinto. Pago a conta por tomar Por não ter memoria do que sou Neste entorpecer. Fui ao chão e não mostrei, Ilegal peguei no carro e não morri! Vinho da pipa, lábios roxos. Mais uma vodka, do gargalo. Dói-me a cabeça, mas foi para melhor! Deito-me sem saber com quem. Vinho da pipa, lábios roxos. Mais uma volta, no gargalo. Dói-me a cabeça, mas foi para melhor! Vivo na adega, mas só para te esquecer!
3.
O ESPECIALISTA Vou repetindo a palavra, uma e mais uma e mais outra vez, palavra dura! Dura acutilante, mais acutilante que dura...voltando... Voltando á forma como entoo a palavra, prolongo o “I” como quem fecha os olhos ofuscados. Como quando saímos de um cinema, ofuscados pelo brilho quase atómico do sol no verão! Ou saíamos... porque agora já não há cinemas na rua, e eu, ...procuro uma base de criação, com a palavra especialista! O caos, da mesa não ajuda, ouço um nocturno de Chopin! Genérico para os meus ouvidos! Entre outras coisas estão três maços vazios, julgados condenados mortos nesta mesa de Babel. Provas de um crime num cinzeiro meio cheio, sobre um livro nunca lido e envelhecido por ter de esperar. Um grande ecrã com as desgraças do mundo, Um candeeiro e um caderno onde este texto é escrito,...sem espaço... Porque a mão e a caneta ficam fora da mesa, e eu, ...procuro um bafejo da invenção com a palavra especialista. O caos, da mesa não ajuda olho para o tecto a vislumbrar, Um ponto isolado sem mais nada ver.
4.
Devagar 03:24
DEVAGAR Vem, vem devagar Sem derramar O nosso graal. Vem, Nesse compasso De quem não quer bem chegar. Sei, que não queres vir, Sem antes ver, O que há para lá. Faz essa viagem, Sou teu quando ela acabar. Tudo conspira em desfavor desta ilusão, Que um dia voltas e está tudo igual ao dia em que partiste sem mim. Vou , vou devagar A contemplar Esta ilação. Sei, Que é sem retorno, Todo o amor que ao existir te dou.
5.
O Fim do Dia 03:25
O FIM DO DIA Sei de um burburinho, tenho de o contar. Diz que o fim da noite já não vai chegar. Vou comprar lanternas, quantas encontrar. Faltam poucas horas para o sol não mais raiar. Já mais gente sabe ouço o lamentar. De que a luz está cara e sem sol vão congelar. Há quem não acredite há quem negue a escuridão A luz está só nos olhos de quem nunca olhou para o chão. Não somos ferro velho para enferrujar, Ninguém vai sem par nem refém Do triste fado que é amar ninguém. Estou de volta à história, a história em que amanhã. O dia é noite e a noite teima em não se retirar. Deito-me ao contrario na tentativa vã. De que ao trocar o horário todo o mal se vá. Sinto que isto está prestes a começar. Pobres dos que julgam que amanhã nada muda e o céu vai clarear Há quem não acredite há quem negue a escuridão A luz está só nos olhos de quem nunca olhou para o chão. Não somos ferro velho para enferrujar, Ninguém vai sem par nem refém Do triste fado que é amar ninguém.
6.
PRINCESA EM ZANZIBAR Por vezes sente que o andor faz parte das mãos, São como um só, Pau-Santo que o tempo irá quebrar. Não quebra o seu fervor. Faz ver que ainda há um trilho a percorrer. Acorda e sai qual avião sem nunca aterrar, Sem questionar, se o passo é o maior que pode dar. Se o trato é o melhor? Se é casta ou mais madrasta que o Prior. Em forma de beijo, Mordem-lhe os pés. Já tem traquejo, Não mostra a dor! E os outros, sempre pensam... Que nem chora nem se parte. Porque finge, estar ausente, Do ardor nos calcanhares. Passa e segue sempre firme, astuta e contrastante, Com as damas de salão , que os homens tanto gostam. Se é mais magra ou anafada, tem altura e não tem anca. Isso não lhe interessa que a seu tempo há-de brilhar. E assim vai indo sem ouvir os gritos que dão, Por não entrar, na roda dos que querem ser iguais. Insiste com humor, que um dia ainda é princesa em Zanzibar!
7.
Luz 06:11
LUZ Sei.... Que não vai voltar... Sim... Vou ficar a ver.... Mar...estava aqui ao pé. Não...não parei para entrar! Sei... Já passou a vez... Não... Não pude dizer. Mar....estava aqui ao pé. Luz...o mundo apagou! Deveria, ser de lei. Que o tempo de uma vida, Fosse justo e encaixado, No espaço que demora a alguns humanos, Perceberem que o que pensam quase nunca é o que fazem. E o tempo vai e leva sem podermos recolher e entregar, As palavras, perdidas!
8.
Ana 05:50
Ana Vi um quadro de Renoir, com ela pela mão, num canto de um museu. Vi no seu rosto o meu natal, nos seus lábios carnaval. Ana, vive para o mar, mar de um pescador. Com a morte já se entendeu, um dia tudo se transforma em pó do chão. Ana, sabe a um licor, que faz viajar, para longe de mim bem sei, e assim toco esta valsa torta de encantar. Nos seus olhos vê se o sal e a maré, Queria lá viver, e ter, Cama para dormir, por fim, sem fim. Guardo o som do amanhecer, para a noite lhe entregar, transformado em canção de embalar. Da terra do vento vem, Quando chora empresta ao mar, lágrimas de amor para nos banhar. Ana, ninguém fica igual, ninguém quer perder. Um beijo ou uma oração, A esta eterna deusa que a chegar tardou. Nos seus olhos vê-se o sal e a maré, Queria lá viver, e ter, Cama para ficar, e dar, Guarda ao seu dormir, por fim, sem fim, enfim!
9.
CANÇÃOZINHA DE AMOR DE UM MARINHEIRO A UMA SEREIA EM TERRA Abre o porto que é só teu, Abre as águas para eu navegar, Abre o céu também porque é melhor, Não vá o meu barco encalhar. Põe candeias no farol, Diz a um peixe para me encaminhar, Pede aos deuses que mesmo num breu, Eu não falhe e possa te encontrar. Faz do céu um cobertor, Que me salve deste enregelar, E se achares que isto é desigual, Prometo cobrir-te com o meu ar. Não há volta de mar, que me prenda aqui. Não há onda que me roube o norte. Não há paz nem terror, que me digam que não és, O meu grande e eterno amor!
10.
A PREGUIÇA É AMARELA Tardes movidas a café, manhãs perdidas por não acordar. O tempo é caro diz em rodapé, a incumbência é esbanjar! Faz um amparo à inação, pausadamente para não assustar. Se há quem defenda que é depressa e bem, já outros correm devagar. “A preguiça é a mãe da indigência! A preguiça é a chave da pobreza! A preguiça morreu á sede, andando a nadar! A preguiça é amarela!” A noite tarda em não chegar, lá fora é rei quem finge trabalhar. Aqui quem manda manda devagar, bem lento e parco no lavor! “Se te ocorrer de manhã, de acordares com preguiça e indolência, lembra-te deste pensamento: -Levanto-me para retomar a minha obra de homem!”

credits

released December 18, 2017

Música e letras/music & lirics - Rui Teixeira
Produzido por/ Produced by - Nuno Mendes e Rui Teixeira
Gravação Mistura e Master - Nuno Mendes @El Estudio
Artwork - Sara Azad
Design - Mínima música & arte

Orquestra Fina:
Rui Teixeira- Voz,guitarras,Saxofones
Catarina Valadas- Voz e Flauta
Hugo Raro-Piano e teclados
Luis Ribeiro- Guitarras e Banjo
José Carlos Barbosa- Voz e baixo eléctrico
Marcos Cavaleiro-Bateria

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Orquestra Fina Porto, Portugal

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